Eu sei que eu preciso encontrar
Logo o porquê disso tudo
Embora sejam as perguntas
Que movam meu mundo

Por questionar, levo meus tombo
Fico mudo
Mas sei que eu vou entender e viver
Logo cada segundo

Vislumbro direto
Quantas vezes fui sujo
E pedras no vidro?
Quantas quebram meu teto?

Caminhos seguidos
Será que algum foi certo?
Acho que só vou me dar bem comigo
Sozinho no escuro

Assim dou meus pulo e
Só decepciono eu mesmo
A opção?
Me afundar no alcoolismo

Falei mais merda
É porque já me sinto preso
Não vejo mais cores
Não pelo meu daltonismo

Rotina me prende nesse ciclo vicioso
E se eu dou minha opinião?
Pareço um cão raivoso

Aí volto, me afundo em todos os meus vícios
Faz parte! Assim que eu mato meu tempo ocioso

Eu tô cansado de tudo
Cansado do mundo
Que toma e não dá!
Que não vê onde quero chegar

Cansado, me iludo
Com as flores que eu vou buscar
Pra colher tem que plantar
Mas colher tem suas desvantagens, como as mesmas matar

Então no jardim eu deixo
Ervas daninhas que nascem
Me mostram que o que eu almejo
Não vai ser mais nada se não enraizar

Detalhes que só eu vejo
Me fazem ser bem maior
Faz o meu sonho regar
E no fim de tudo uma esperança brotar

Mas logo vem decepção, põe pra baixo
Por mais que eu tente, não, não sei onde me encaixo
Alguns tentam: Mano, não olha pra baixo
Acho que tô deixando um pedaço de mim por onde passo

Se ontem fui, hoje já era
Amanhã cê nem me espera
Desarmo pra não ter guerra
Mas queria guerrear

Se tudo flui, ninguém erra
Malditos jogos de merda
Que engana quem se acelera
Sem tempo pra meditar

Meus votos são de minerva
Quem não entendeu, nem bera
Sentimento a flor da pele
Foda-se quem discordar

Planos de morte na terra
Pra implantar nova era
Vai discutir com quem berra?
Partiu, nem vou me estressar