Bem-vindo a paulicéia
Das contradições
E a solidão em meio as multidões
Frias e gélidas garoas
Correm pelo asfalto quente
Pelas correntezas levas nossos sonhos nela
Desigualdade e indiferença que faz crescer temores
Silenciosa e virulenta em todas as esferas
Bem-vindo a paulicéia das contradições
E a solidão em meio as multidões
De concreto e aço arranha-céus assustadores
Natureza morta é mais um quadro na tela
Quatrocentona opulência dos seus bem nascidos
Disfarçam e maqueiam as nossas mazelas
Bem-vindo a paulicéia das contradições
E a solidão em meio as multidões
Velozes carros furiosos pelas vias marginais
Na contramão os transeuntes e seus marginais anônimos
No fluxo e refluxo dos seus três poderes
Retroagem, alimentam e exorcizam seus demônios
Bem-vindo a paulicéia das contradições
E a solidão em meio as multidões
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