Onde nasce a esperança
Hoje Pedro se fez pão
Um poeta jardineiro
Travesseiro de papelão
Cruz de pau rompendo cercas
Pelos frutos desse chão
Posseiros de pé como árvores
No rio Araguaia que vi
Essa pátria ameríndia
Sabe sua própria dor
Camponeses nos espinhos
Pra colher o mel a flor
Sob o Sol ardente o vento
Sangue, pó, poeira, amor
Nesse ventre nessa terra
Afro América latina
Tanta gente tantos sonhos
Essa história nos ensina
Canoas no rio corrente
Navegando entre a neblina
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