Já não sou tua Eu já não volto a passar nessa rua E até podes duvidar, mas não sou tua O tempo cura tanto quanto o tempo dura Mas não sou tua Quando o meu reflexo já não me aceita Quando o fim da minha voz me faz a pele Silêncio deixa de ser ausência de som Passa a ser zona fértil para fazê-lo E hoje, tenho toda esta serenata contida Escondi no peito, nunca entreguei Vim em tua defesa, hoje eu 'tou indefesa E tu meteste-me inimiga de mim própria Inimiga de mim própria Hoje é bilingue o coração e cicatriz Pois fala sobrе amor e ódio Já é só bem vindo o que mе importa E o teu ego é vinho no meu copo Eu deixei toda a dor me dar a mão E hoje já nem a dor me dói tanto Eu já não sou tua Já não volto a passar nessa rua E até podes duvidar, mas não sou tua O tempo cura tanto quanto o tempo dura Mas não sou tua Então vem ouvir, oh Vem ouvir bem alto, desta vez tens que ouvir, oh Porque eu nem me ouvia para te ouvir, eu já não via Eu deixei-te ser dono do meu medo, dono do meu corpo Das minhas cores e do meu tempo Dono do meu espelho, e o reflexo diz que Tu meteste-me inimiga de mim própria Inimiga de mim própria Hoje é bilingue o coração e cicatriz Pois fala sobre amor e ódio Já é só bem vindo o que me importa O teu ego é vinho no meu copo Eu deixei toda a dor me dar a mão E hoje já nem a dor me dói tanto Que eu já não sou tua Já não volto a passar nessa rua Até podes duvidar, mas não sou tua O tempo cura tanto quanto o tempo dura Mas não sou tua